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12 técnicas para se apresentar bem em público

Para quem tem medo de falar em público, só imaginar a situação pode causar um frio na barriga.  Parece exagero, mas não é bem assim. A aversão de se apresentar em público existe e aparece em diferentes níveis, numa entrevista de emprego, em uma palestra ou no palco do teatro, só para citar alguns exemplos.

Porém, nem tudo está perdido! A notícia boa é que, seja para quem sofre com ela ou apenas para quem quer melhorar suas habilidades ao se apresentar em público, há uma série de pesquisas e livros que tratam do assunto e que podem ajudar. A seguir, veja alguns dos principais ensinamentos extraídos desses recursos:

1. Comece ou termine forte

Há diversas maneiras de começar conquistando a atenção da plateia ao se apresentar em público. É possível começar pelo fim, olhar para o passado, projetar um futuro, fazer uma piada ou pedir que as pessoas façam algo, por exemplo. E ilustrar seu ponto de alguma maneira, seja com uma história ou uma anedota, pode ser o melhor caminho.

De acordo com os autores de “Made to Stick: Why Some Ideas Surviveand Others Die”, um estudante médio usa 2.5 estatísticas por minuto de discurso e apenas um entre dez conta uma história. Depois da fala, no entanto, 63% do público se lembra das histórias – e apenas 5% se lembram de estatísticas individuais. Uma boa história, portanto, pode ser um bom jeito de iniciar uma apresentação.

Da mesma forma, é importante ancorar conceitos (e estatísticas, se quiser) em exemplos claros e memoráveis, para que a mensagem se mantenha na mente das pessoas. Uma ideia que “gruda” é aquela que envolve uma história, emoções fortes ou uma mensagem central bem delineada. E um exemplo bem pensado sempre ajuda.

Segundo os autores de “The New Articulate Executive: Look, Act and Sound Like a Leader”, há também diversas maneiras de concluir bem um discurso. Você pode, por exemplo, resumir os pontos-chave (entre um e três), retomar o que disse inicialmente, pedir que o público faça algo, projetar uma visão de futuro ou contar uma história que simbolize sua mensagem. Note que não é preciso começar e terminar enfaticamente, mas as maneiras de fazer um ou outro são parecidas. Não é por acaso, e sim porque funciona.

2. Treine (bastante) suas falas

Autora do bestseller “O Poder dos Quietos”, Susan Cain virou um hit das TED Talks quando discutiu o assunto. Ela própria introvertida e com dificuldades de se apresentar em público, conseguiu superar seus medos e tornou-se uma palestrante disputada. Cain conta que a chave para superar o desafio de falar em público foi praticar suas falas em grupos pequenos, onde se sentia à vontade. “Precisei me dessensibilizar”, disse. “Eventualmente, você se acostuma com a sensação esquisita de ser observada, que costumava me deixar horrorizada. Seu medo se dissipa.”

Se não tiver tempo de treinar tudo, foque na introdução. Ela é o ponto-chave na hora de controlar seus nervos. Algumas pesquisas apontam que, após os primeiros 30 ou 60 segundos de apresentação, os níveis de ansiedade caem de maneira significativa. Afinal, você não está inventando aquilo tudo na hora.

3. Na hora de se apresentar em público seja você mesmo

Para o empreendedor Peter Sims, falar sobre coisas em que você acredita também é um ponto fundamental. Saber muito bem o que você quer dizer e conhecer seu público são, em sua opinião, o que há de mais importante.

“Conforme o público compreendeu que eu estava apenas sendo eu mesmo e tentando compartilhar e ensinar, com todas as minhas peculiaridades, eles pararam de me analisar e me julgar e simplesmente aproveitaram o momento”, escreveu para a Harvard Business Review sobre a evolução de suas apresentações. “Pelo menos foi isso que senti, notando como a energia da plateia parecia mudar no primeiro quarto ou terço de um evento. Quando eu posso ser eu mesmo, a plateia pode ser si mesma e essa experiência humana destranca e empodera a criatividade.”

4. Tenha um tema central

Saiba de antemão qual é a mensagem principal que você quer passar, atenha-se a ela e deixe-a clara para o público. Assim, mesmo que você perca a linha de raciocínio sem querer, vai ficar mais fácil retomá-la.

Em outra TED Talk viral, Nancy Duarte apresentou análises estruturais de discursos de grandes oradores, como Martin Luther King Jr., Steve Jobs e Abraham Lincoln. “Você tem o poder de mudar o mundo se se comunicar de maneira eficaz. Sua ideia precisa sair de você e ir onde outros podem vê-la”, resume.

O resultado é um formato das apresentações de excelentes oradores, que envolve intercalar o presente (o que existe) e o futuro (o que poderia ser).

5. Saiba dar ritmo

O controle da velocidade e do tom da voz passam uma sensação de autoconfiança para público, assim como baixar seu tom no final de uma frase transmite poder. Também cheque se você está respirando fundo e exalando pelo nariz, duas coisas que ajudam o corpo a se manter calmo.

Ir rápido demais no conteúdo que você planejou passar no momento de se apresentar em público é uma armadilha comum, e pode te deixar com um tempo de sobra que você vai passar maus bocados para conseguir preencher. Oradores profissionais são deliberadamente lentos ao entregar o conteúdo. Não de forma que incomoda, claro, mas em um ritmo que vai encorajar todos na sala a prestarem atenção e aguardarem por cada última palavra da frase.

É melhor cobrir pontos que não ficaram claros durante as perguntas no final da apresentação do que jogar um milhão de palavras por minuto e esperar que o seu público consiga digerir tudo.

Da mesma forma, saiba usar o silêncio a seu favor. Controle sua vontade de falar sem parar e preencher cada silêncio entre uma frase e outra com “hum” e “ah”. Silêncios são bons! As pausas são essenciais para dar um bom ritmo ao seu discurso, e você não deve evitá-las.

6. Respire fundo

Existem dois grandes problemas de entonação que prejudicam uma apresentação em público: uptalk (quando suas afirmações soam como perguntas) e vocal fry (quando a voz fica baixa e falha, principalmente no final das frases). Para Alison Shapira, professora de Harvard, o segredo para contornar esses obstáculos é respirar fundo.

“Como um ex-cantora de ópera, eu sei o quanto a respiração afeta o modo como nossa voz soa. Cantores usam a ‘respiração profunda’ para projetar uma voz forte através de um auditório lotado e fazê-la chegar a cada pessoa na plateia. Eu nunca pensei que esta habilidade poderia me ajudar depois de ter deixado o mundo da ópera, até o momento em que tive que dar o meu primeiro discurso”, escreveu para a Harvard Business Review.

Mas, afinal de contas, como fazer essa tal ‘respiração profunda’? Ela explica: “Em pé, coloque uma mão sobre a sua barriga e uma mão em seu peito. Inspire profundamente, percebendo qual mão se move. A maioria das pessoas, quando respira, levanta o peito para cima e para baixo. Mas eu quero que você mantenha seu peito firme e tente levar a respiração para a altura do seu estômago quando estiver inspirando. Em seguida expire lentamente, como se tivesse deixando o ar sair devagar de um balão.”

7. Ao se apresentar em público, sorria

O poder de um sorriso não deve ser subestimado: ele é capaz de deixar sua fala mais acolhedora. E o cérebro humano é tão atento ao ato que é capaz de discernir dezesseis tipos de sorrisos mesmo que esteja apenas escutando a voz. Ou seja, sorria ao telefone também.

8. Lembre que a plateia perdoa erros

No livro “Um. . .: Slips, Stumbles, and Verbal Blunders, and What They Mean”, o autor Michael Erard escreve que erros de fala – gaguejar, esquecer, errar os sons – ocorrem, em média, uma vez a cada dez palavras. “Se as pessoas falam em média 15 mil palavras por dia, são 1500 erros verbais diários”, escreveu.

Como este é um traço comum, o público entende que erros também acontecem no momento de se apresentar em público. Errou? Siga em frente. As pessoas querem saber como você reage para saber como devem reagir também.

9. Reduza seus níveis de estresse

Há infinitas maneiras de se estressar, especialmente quando já existe uma predisposição para procurar fatores estressantes. Também há infinitas maneiras de reduzir esses fatores, como chegar cedo ao local para não se preocupar com o horário, andar pela sala para se acostumar com ela, praticar exercícios físicos no dia ou conversar com membros da plateia antes da fala.

Transformar estranhos em “amigos” pode render bons frutos caso você erre, já que encontrar um rosto solidário é uma maneira de se tranquilizar no ambiente e voltar ao trabalho. (E ser um rosto solidário, sorrindo ou aplaudindo o palestrante, é uma ótima gentileza.)

10. Seja vulnerável

Caso sua fala inclua uma sessão de perguntas e respostas, é importante estabelecer que você não sabe absolutamente tudo – nem sua plateia deveria saber. Caso alguém te pergunte algo que você não sabe, confesse e pergunte o que ela acha sobre o assunto. Deixar o clima mais informal também é uma maneira de deixar os ouvintes menos passivos e elimina a distância entre o palestrante e o público.

11. Conheça seu corpo

Graças à sua TED Talk, a psicóloga Amy Cuddy fez milhões de pessoas praticarem suas “poses poderosas” em casa. “Quais as expressões não verbais de poder e dominação?”, perguntou ela. “No reino animal, elas são sobre expansão. Então você se faz grande, se estica, ocupa espaço, basicamente se abre. É sobre se abrir. E os humanos fazem igual.”

O que tende a acontecer, explicou, é que nosso comportamento reflete o do outro. Se uma pessoa exerce poder sobre nós de maneira não verbal, tendemos a nos diminuir em relação a ela. E como corpo e mente estão conectados, Cuddy queria descobrir se era uma via de mão dupla ou se a mente dominava.

Gostou do conteúdo? Coloque as técnicas em prática agora mesmo e perca o medo de se apresentar em público!

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