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Como fazer uma análise SWOT?

SWOT é a sigla em inglês para Forças (Strengths), Fraquezas (Weakness), Oportunidades (Opportunities) e Ameaças (Threats). Não se sabe ao certo, mas ela provavelmente foi criada na década de 60, na Universidade de Stanford (EUA), por meio do estudo das 500 maiores corporações norte-americanas da época.

Hoje é uma das metodologias clássicas da Administração.

A análise SWOT é muito utilizada no planejamento estratégico das empresas ou de novos projetos, pois consiste na realização de um diagnóstico completo sobre o negócio e o ambiente que o cerca.

Com isso, o empreendedor tem um embasamento para formular suas estratégias de gestão e marketing com mais segurança.

O resultado da análise é a criação da matriz, também chamada de Matriz SWOT, que ajuda a identificar os principais fatores internos a serem trabalhados e os pontos externos que demandam atenção.

A análise SWOT serve para embasar a tomada de decisões.

Com ela, temos um diagnóstico completo sobre a empresa, o que reduz os riscos na hora de dar um passo importante, como explorar novos mercados, lançar um novo produto ou criar novas estratégias de marketing.

Portanto, a análise SWOT pode ajudar o negócio das seguintes formas:

  • Dar mais segurança para a tomada de decisão
  • Conhecer profundamente o cenário
  • Compreender a posição em relação aos concorrentes
  • Antecipar-se a movimentos externos
  • Indicar alternativas de ação

Por isso, ela se tornou popular e passou a ser usada não só por grandes empresas (como na sua origem), mas também pequenos negócios, novos projetos, produtos, lugares, blogs e até pessoas. Ou seja, em qualquer situação em que seja preciso tomar uma decisão, a análise SWOT pode ser usada.

Vamos agora entender todos os detalhes sobre como realizar a SWOT, começando pela análise interna.

Como analisar os fatores internos

“Conhece a ti mesmo”. Essa sabedoria não vale só para a sua vida, mas também para as empresas.

Autoconhecimento é o primeiro passo para o desenvolvimento. Então, a análise SWOT começa olhando para dentro, para as duas primeiras letras da sigla: Forças e Fraquezas.

Os pontos fortes e fracos da empresa são fatores que a colocam em vantagem ou desvantagem em relação à concorrência.

Por isso, embora a análise interna olhe para dentro de casa, é preciso estar de olho também no que os vizinhos (os concorrentes) estão fazendo.

Perceba também que, sobre esses fatores, sua empresa tem controle, diferentemente da análise externa que vem depois.

Para eliminar um ponto fraco ou melhorar um ponto forte, a própria empresa pode agir. Não estamos dizendo que seja fácil fazer isso, mas o controle está em suas mãos.

Para entender quais características devem ser analisadas internamente, olhe especialmente para os fatores-chave de sucesso, ou seja, quais elementos são essenciais dentro do seu setor para o bom desempenho da empresa.

Para saber quais são eles, olhe para o líder: quais características o tornam o melhor no seu mercado?

Por exemplo, no mercado financeiro, tradição e credibilidade podem ser considerados fatores-chave de sucesso.

Para um restaurante, atendimento e localização. Para uma agência de viagens, agilidade operacional e suporte eficiente. Cada mercado tem os seus.

Identifique quais são os atributos essenciais no seu mercado e a sua situação em relação a eles.

Esses são alguns pontos que você pode analisar na sua empresa para identificar suas forças e fraquezas:

  • Localização
  • Tempo de mercado
  • Reputação
  • Recursos humanos
  • Recursos financeiros
  • Marketing
  • Gestão
  • Capacidade de operação
  • Acesso à matéria-prima
  • Materiais e equipamentos

Como analisar os fatores externos

Já as Oportunidades e Ameaças referem-se ao que está no ambiente externo, do lado de fora.

Esses fatores não são controláveis, nenhuma ação da empresa pode influenciar sua existência. Eles simplesmente estão lá.

E é na análise SWOT que você identificará se eles são relevantes, se podem impactar no seu negócio e como irá lidar com isso.

Empresas que estão atentas aos movimentos do mercado, do setor, da economia, da política, da sociedade em geral, estarão mais bem preparadas para o futuro.

Ninguém consegue prever o futuro, mas é possível identificar tendências e se preparar para elas.

Existem dois ambientes externos que a análise SWOT deve abranger: o micro e o macroambiente.

O microambiente refere-se ao setor em que você atua. Como são as barreiras de entrada? Há muita concorrência entre os players? Novos entrantes representam uma ameaça para o seu negócio? Sobre o microambiente, avalie os seguintes pontos:

  • Clientes (poder de barganha sobre a sua empresa)
  • Fornecedores (poder de barganha sobre a sua empresa)
  • Concorrentes (quantidade de empresas, rivalidade, relacionamento)
  • Novos entrantes (barreiras de entrada, ameaças)
  • Substitutos (barreiras de saída, ameaças)
  • Intermediários (poder de barganha sobre a sua empresa)
  • Entidades de classe (organização, poder de pressão)

Já o macroambiente refere-se ao que está além da empresa e do setor.

O que os índices econômicos estão dizendo sobre o futuro do país? O que a sociedade está fazendo hoje que pode se tornar um novo comportamento social? Como esses movimentos afetam o seu negócio?

Para analisar o macroambiente, olhe para estes cenários:

  • Político-legal (projetos de lei, correntes ideológicas, novos governantes etc.)
  • Econômico (inflação, níveis de consumo, renda da população etc.)
  • Demográfico (crescimento da população, taxa de natalidade, escolaridade etc.)
  • Tecnológico (novas tecnologias, processos operacionais, automação etc.)
  • Sociocultural (crenças, valores, costumes, hábitos de consumo etc.)
  • Natural (escassez de matéria-prima, aumento da poluição, sustentabilidade etc.)

Terminei a matriz… E agora?

A análise por si só não tem serventia alguma. A avaliação de todos os fatores internos e externos relacionados ao seu negócio deve ajudar nas tomadas de decisão.

Portanto, agora que você já tem a matriz preenchida em todos os seus quadrantes, é hora de analisar os possíveis movimentos.

Mas como você transforma a matriz SWOT em ações e estratégias?

A dica é ver como as forças, as fraquezas, as ameaças e as oportunidades se relacionam entre si.

O objetivo é maximizar os pontos positivos e minimizar os negativos.

Por exemplo, olhe para as suas Forças e identifique como elas podem ajudar a potencializar o negócio aproveitando as Oportunidades identificadas.

As Forças da sua empresa também podem ajudar a minimizar os impactos das Ameaças.

Veja as possibilidades de estratégias combinando as informações levantadas:

  • Forças + Oportunidades

Quais pontos fortes da empresa podem ser usados para maximizar as oportunidades identificadas?

 

  • Forças + Ameaças

Quais pontos fortes da empresa podem ajudar a minimizar o impacto das ameaças?

 

  • Fraquezas + Oportunidades

Que ações você pode fazer para minimizar as fraquezas através das oportunidades levantadas?

 

  • Fraquezas + Ameaças

Que ações você pode fazer para diminuir ou eliminar as fraquezas e minimizar o efeito das ameaças?

Pronto, agora sua análise está completa! Você já está munido de várias informações para tomar suas decisões com mais certeza.

Dicas extras para a sua análise!

  • Seja realista – mascarar a realidade só irá prejudicar a sua empresa.
  • Seja objetivo – explique em poucas palavras cada ponto, se necessário.
  • Evite listas muito longas – priorize os pontos por relevância para o negócio.
  • Combine com outras metodologias de análise de cenário e diagnóstico.

Fonte: Marketing de Conteúdo

 

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